quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Penhasco...

A vontade de querer se expressar era grande, mas um emaranhado de sentimentos o impediam de juntar os caquinhos de pensamentos e transformá-los em algo concreto para preencher um vazio. Chegou a pensar "que raios de escritor que não consegue transformar sentimentos em palavras", mas se deu conta que apenas não conseguia distinguir o que sentia. Seu único pensamento claro era o de uma cadeira na grama verde e rala, de frente para um penhasco profundo e mortal em um fim de tarde qualquer. Apenas tinha vontade de estar lá, sentado olhando para o horizonte infinito, sem pensar, sem chegar a conclusões, sem sentir, somente estar. Ao abrir os olhos e voltar a realidade, percebeu quanta coisa havia ao seu redor, dentre coisas e pessoas, algumas inúteis e outras mais inúteis ainda, percebeu que nada daquilo lhe fazia falta e que as vezes o vazio o preenchia melhor. 
E voltou a fechar os olhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário